A morte,
quando vier,
deverá me surpreender:
numa cavalgada
ou num sono tranquilo,
num ato religioso
ou num êxtase de amor.
A morte,
quando vier,
deverá ser
como uma benção,
uma dádiva de Deus,
sem dor,
sem violência,
uma inevitável consequencia.
A morte,
quando vier,
deverá trazer consigo
um aviso de felicidade,
deixando
estampado em meu rosto
um sorriso de esperança,
como o de um viajante
que, embora cansado
da longa jornada,
contemplativo e complacente,
nada mais anseia
que uma nova caminhada.
Poema de Carlos Eduardo Pompeu, extraído do livro "Como nascem os poemas".
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