Eu sei que se disser, com todas as letras, que gosto de Bukowski, vou ouvir uma enxurrada de críticas e alguns mais púdicos enrrubecerão suas faces.
Mas gosto, principalmente quando ele destrói conceitos melodramáticos e expõe a realidade nua e crua. Hoje, em particular, uma delas fez novamente sentido.
"O amor é uma espécie de preconceito.
A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente.
Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse?
Mas a gente nunca conhece."
(Henry Charles Bukowski Jr (Andernach, 16/08/1920 - Los Angeles, 09/03/1994). Poeta, contista, romancista de origem alemã, mas criado na América. Sua obra obscena e de estilo coloquial, com descrições de trabalhos braçais, porres e relacionamentos baratos, fascinou gerações e ainda tem fiéis admiradores. Meu livro favorito é "Cartas na Rua", mas vale a pena ler "Misto Quente" e assistir "Barfly - condenados pelo vício", uma autobiografia, protagonizada por ninguém menos que Mickey Rourke, com participação de Faye Dunaway e do próprio Bukowski.
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